domingo, 29 de maio de 2016

Contei para minha mulher que sou bissexual (e nem era!)

Vamos lá. Nunca pensei que chegaria a este ponto. Fazer um desabafo virtual. Mas, bendita instrumentalidade moderna. Pois não falaria isso, a não ser para um amigo muito íntimo. Tenho 28 anos e sou casado há oito. Tenho uma esposa linda, de invejar qualquer homem, e um filhinho lindo, ainda pequeno, mas já dá para ver que é conversador, parece até que quando crescer será eleitor do Bolsonaro.

Há dois anos atrás cometi um dos maiores erros da minha vida. Contei que era bissexual para minha esposa. Na época contei, porque percebi que meu interesse por sexo hétero estava diminuindo, fiquei frio e indiferente, não porque eu queria, mas porque eu estava sempre achando o contato masculino um tanto interessante (contato só visual até então). Cheguei a pedir separação acreditando que seria melhor para ela conhecer um outro homem que pudesse fazê-la feliz, dar satisfação e atenção que ela merecesse. Também não queria queria trai-la com um outro homem. Fique profundamente deprimido com aquela situação. Quando contei para ela da minha bissexualidade, ela chorou muito, mas disse que iria lutar por mim. 

Porém, percebi que o comportamento dela se tornou possessivo e alarmado. Qualquer homem que se aproxima de mim, ela fica com ciúmes e me trata com ironia e repugnância. Neste últimos dois anos, eu tive inúmeras conversas sobre separação. Explicando que seria melhor para nós dois. Mas ela sempre repudia a ideia e hoje concordo com ela. Poxa vida, sofri demais esse tempo todo, mas hoje descobri que não sou bisexual, nunca tive vontade de ser enrabado, de ter meu ânus dilacerado e arrombado. Comer outro cara? Talvez, mas também não fazia muito a minha cabeça. Sei hoje que sou esse tal de heterogoy, um pseudo-bissexual, um hétero aberto a novas possibilidades, mas no entanto sei dos meus limites.




Sei que ela me ama muito e quer manter a família (que aparentamos ser feliz). Eu a amo também, mas não sentia mais vontade de tê-la como mulher. Hoje que me descobri, parece que o tesão está voltando. As vezes choro escondido no banheiro ou no carro, pois juro que se contar de novo que não sou bissexual - ou sou bi pela metade, talvez daí sim vá ter mais DRs e outras discussões sem fim, do que uma paz conjugal, que é o que quero.

Não queria sentir desejos por homens, mas sinto e o pior acho isso natural, não queria ficar escravo por este sentimento. Mas ficava. Hoje uma simples palavra, reajustou meus pensamentos, parece incrível, mas me sinto outro, mais leve, em equilíbrio e a ideia do Bromance, junta tudo o que preciso para ser feliz, posso ter contato com um homem ou mais de um, manter meu casamento e também meus sentimentos e desejos em relação a família. 

Mas não há uma dia se quer, que meu coração não faça eu digitar g0y no google para ver ser tem material novo. Pena que tem tanta porcaria na internet, só 50% se aproveita.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

A MATEMÁTICA DO SEXO

Lembram da teoria dos conjuntos?

Pois bem, você já deve ter ouvido falar que o mundo g0y (g-zero-y) é um conceito de interseção ou seja, é intermediário entre o mundo heterossexual e o mundo homoafetivo.

Mas, como se dá essas interseções de uma forma visual?


 Vejamos!
Fonte: Imagem construída com base nos estudos de Almeida Neto Et. Alli (2015)

terça-feira, 24 de maio de 2016

Refletindo sobre Orientação Política

Muito se fala sobre a diferença entre g0ys e gays, já que ambos gostam de homens e se declaram homoafetivos, qual a diferença? 

Que um beijo não transforma um homem em homossexual é praticamente ponto pacífico. Que o ato anal e em especial como passivo é de fato a imagem mais forte vinculada ao mundo homossexual, também, é ponto pacífico. Se o conceito g0y (g-zero-y) quer passear por esses dois extremos, situando-se apenas e exclusivamente no mundo homo afetivo e no homo erótico, sem invadir o mundo homossexual, qual seria esse limite ou esses limites, eis a questão.

A primeira resposta possível é buscar objetividade, ou seja buscar parâmetros no comportamento e nesse ponto o movimento g0y acerta. Apesar de polêmico e que por mais que tenha pessoas que ainda discordem, o g0y behaviour  ou seja, a prática ou não prática do sexo anal, pode ser sim uma resposta inicial e possível.

Na verdade, essa arbitragem na minha opinião foi e é uma grande e articulada busca de um mínimo de consenso, para abrir caminho e possibilitar a existência de um movimento, de grupos, de encontros g0ys, etc. Enfim, criar uma identidade social. Caso contrário, correria-se o risco de ficar eternamente apenas na discussão de possibilidade ontológica diferenciada entre homoafetivo e homossexual, no campo filosófico abstrato e com cada um com a sua perspectiva. E, quando os limites não são claros e um conceito é amplo demais, a sua identidade acaba sendo prejudicada. 

Vide por exemplo o conceito de bissexual - que de tão amplo, certamente abarca a maioria da população, mas até hoje não conseguiu se solidificar, porque é tão amplo, tão amplo, tão vasto que no mundo real, torna-se demasiado fluido e diluído de tal forma, que fica sem força. Para completar dos anos 2000 pra cá, o movimento LGBT aproveitou essa "fraqueza" em amplitude, para incorporar o Bissexual na sua sigla de luta, mas ao mesmo tempo soa sem credibilidade, afinal ninguém nunca viu um bissexual militante LGBT, não se ouve a voz de um bissexual pegar o microfone falar que é casado e tem filhos e levantar a bandeira do arco-íris. 

Politicamente falando, o movimento LGBT é de fato focalmente G (gay) e L (lésbico) e com a participação de forma mais tímida de alguns Ts (transgêneros).

Sob esse ponto político, fica uma reflexão: Sites gays durante o processo de impeachment da Presidente da República e sua votação na Câmara/Senado, de forma maciça os LGBTs se posicionaram contra o impeachment. O site brasileiro Heterogoy (http://heterogoy.webnode.com/news/voce-e-a-favor-do-impeachment/), por sua vez, realizou também uma enquete, sobre o mesmo tema   e 70% dos usuários que participaram afirmaram ser favoráveis ao impedimento da presidente.

Isso seria uma surpresa? Para mim não. Apenas mostra que há diferenças entre gays e g0ys e essas diferenças vão muito além do que se faz ou não se faz na cama, são diferenças que ainda não se sabe por completo, mas que invadem outras áreas da vida, pois tem a ver com a atitude, tem a ver com a forma de encarar a vida e em especial com a perspectiva de  mudança da postura de vitimização para uma postura pró-ativa. A visão política que de um lado tende a ser mais de esquerda e do outro aparentemente tende a ser mais de centro ou ainda de centro-direita, é apenas mais uma das facetas a mostrar nuances e diferenças entre gays (homossexuais) e os g0ys (homo eróticos/afetivos).

Isso só mostra que essa história (na verdade estória) de que toda mulher deve ser feminista, todo homo masculino deve ser militante LGBT, não é bem assim... Há que se ponderar que a sexualidade e bandeiras políticas não possuem um casamento linear e obrigatório. As bandeiras de movimentos sociais, todos eles, inclusive o novo g-zero-y não podem se tornar uma prisão psíquica, devem ser apenas ser o que são: valores e ideais postos, que as pessoas aderem por se sentirem representadas pelos seus postulados.



quarta-feira, 18 de maio de 2016

Fã (Homem) pega carona na bike de Caio Castro


Para mostrar  que é um camarada do bem e realmente desencanado:


De folga, Caio Castro trocou o seu carrão pela bicicleta - ótimo menos poluição no mundo - e durante um passeio pelo Rio de Janeiro. Enquanto pedalava na sua Bike, um paparazzo pegou alguns flagrantes deste momento relax, entre eles o astro bem juntinho ao dar uma carona para um fã que o fotografava.

  


segunda-feira, 9 de maio de 2016

O bromance é ou não é uma tradição!

O afeto entre homens não foi criado nesse milênio por nós g0ys. Nós apenas sistematizamos alguns conceitos e valores. Assista a este vídeo e você entenderá melhor:

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Hector Thyso e o mundo g0y.

O mano do Blog SoH LoKo falou do que ele pensa do tema g0y (g-zero-y).




No post "GayZero: Quem são os brothers?" o brow Hector Thyso mostrou ser muito macho, sem preconceitos e em um papo reto, mandou ver a sua opinião 

GayZero: quem são os brothers?


Não vamos vamos demais para estimular você clicar no link e ver a matéria completa, mas para antecipar um pouco, Hector defende que o ato anal-zero é saudável e é um retorno àquele estágio inicial da adolescência comum de muitos homens.