terça-feira, 21 de julho de 2020

Respondendo a um antropólogo (--)

Segue a minha resposta a esse questionamento de um doutor em Antropologia.
----------
Essa foi a participação do Dr. e Antropólogo Paulo Aguiar ocorreu diante do texto "Papo sério: O sexo na lei de Moisés" onde os argumentos basicamente são que os conceitos hoje universais e transculturais tem uma origem na antiguidade e especificamente em uma única cultura onde o incesto e qualquer tipo de sexo entre parentes não era desejável. 
Recomendo a  leitura, especialmente estudantes das áreas, que trabalhem com religião, comportamento, cultura, sociedade, etc ou ainda para quem quiser só se aprofundar. No caso dos g0ys (g-zero-ys) o texto que traz as supostas* Leis de Moisés, hoje considerado na comunidade judaica ortodoxa, tem um certo impacto, pois na origem das atuais e às vezes inconscientes "leis universais" do que é certo e errado em relação ao sexo - o sexo entre dois homens era considerado abominável, mas para surpresa de muitos o homo-erotismo não.

*Supostas pois não exatamente as leis são bíblicas. Por exemplo a lei 352-"não veja a nudez do seu tio, ou não interaja eroticamente com o irmão do seu pai", não consta no livro de Levíticos.

VAMOS À QUESTÃO DO ANTROPÓLOGO: "Sou antropólogo e nesse texto tocou-se em duas questões muito interessantes. Nós antropólogos conhecemos muito da cultura judaica de uma forma indireta, um dos responsáveis por isso é Sigmund Freud, judeu e pai da psicanálise. Com esse seu texto relatando as leis judaicas, isto é, leis mosaicas em relação ao sexo fechou o circuito e as peças que faltavam no meu mapa cognitivo. Sim faz sentido a pedofilia não estar na lista, faz sentido Freud falar de sexualidade infantil de uma forma tão polêmica e do desenvolvimento psíquico. Freud nasceu judeu e morreu judeu e a sua teoria não afrontava o judaísmo (por quê?) e vi que no jogo da visão de mundo, nota-se que quase todas as origens das neuroses, psicoses e patologias gerais, seriam uma pulsão para uma quebra das leis, ora o que é a metáfora do Complexo de Édipo, que é central na psicanálise, o desejo sexual do menino sobre a mãe, isso é bater de frente com a Ló Tassê 330, a primeira das leis citadas na lista e que se for mal resolvido pelo acima do eu, que chamamos de superego, ao longo do desenvolvimento se traduz em um adulto com problemas psíquicos graves. 
Um outro judeu famoso e que alguns universitários querem afirmar que era ateu, é o nosso tão conhecido e comentado Albert Einstein, ora isso é tão sem nexo, que seria como afirmar que alguém é um ladrão-honesto, ou um evangélico que não fala em Jesus, ou quem sabe uma conjunção onde haveria o noite-dia simultâneo. A visão é que parece que o considerado top cientista do mundo não poderia ter sido um religioso, ora era sim. A ciência positivista nada mais é que a supremacia da razão e do método. 
A ciência deve ser laica, o cientista não necessariamente, muitos não entendem isso. Você [no texto] generaliza a questão indígena, mesmo sendo um universo enorme em que cada tribo tem a sua cultura própria e por isso há dezenas de visões diferentes sobre o sexo. 
Por exemplo conheci uma que não possui o conceito de casal, os parceiros são escolhidos pelas fêmeas no dia que elas desejam se aproximar e seus filhos são criados nãos pelos pais, mas pela tribo como um todo, em um conselho de fêmeas, algo muito parecido com um creche coletiva, onde ficam todas as mulheres da tribo cuidando das crianças o tempo todo. 
Mas, lógico a noção de parentesco nesse caso, fica efêmero. Veja bem, os índios não cumprem essas leis no sentido de que não se deve transar com pessoas da família, e nem poderiam, pois todos eles são primos e não haveria a possibilidade quantitativa de ser diferente, pois são pequenas comunidades humanas. Então realmente não é fácil essa questão, ela é cruel e que é de grande sofrimento. Não é uma situação tranquila, envolve sim muito sofrimento. É muito grande o nascimento de bebês indígenas deficientes, não é algo tranquilo, é algo que fica em 30% e às vezes chega até 50% dos nascimentos. As tribos não tem condições de manter vivos uma quantidade tão grande de pessoas que não trabalhariam, e por isso então matam-se todos os recém-nascidos deficientes, mesmo sendo um ato corriqueiro, é traumatizante para todos e para a mãe principalmente, que tem que se livrar da sua prole as vezes com poucas horas de vida."



-----------

Resposta ao antropólogo e sua intervenção muito boa:

- Paulo Aguiar tem razão em tudo que fala, a ciência e religião possui esse embate milenar, mas é preciso separar o que a ciência de quem a produz - os cientistas, da mesma forma que é necessário abstrair que o conceito de Deus, vai muito além das religiões, que são apenas visões filosóficas e/ou teológicas humanas.
Cada religião possui seu sistema de dogmas que em seu conjunto buscam fornecer interpretações a fenômenos físicos quanto a não físicos. Vários cientistas tem a imagens vinculadas a "agnósticos e ateus", mas muitos não foram; talvez hoje a visão de São Tomé - típica de vários cientistas, esteja sendo (re)apropriada indevidamente pelos pró-agnosticismo, nessa lista de pseudos ateus acrescentaria um famoso cientista social, 'endeusado" pelo pessoal de esquerda; Karl Marx também não era ateu, era judeu.

Sobre a questão indígena, na verdade não houve generalização, houve apenas uma afirmação, confirmada pela sua fala, o problema da consanguinidade é de fato sério. Mostra que ao contrário de diversas espécies de animais onde isso não existe, nós humanos temos algo que nosso, é próprio - e ainda não explicado pela ciência; e a humanidade até evoluir e incorporar esses "comportamentos sexuais" nas nossas mais diversas culturas e transformá-la em valores sociais, foi um caminho longo, duro e penoso, em que gerações e gerações foram necessárias para esse aprendizado.

Então, isso reforça a ideia que esses valores tem de fato uma origem no período do Exôdo, tal como citado,  e nossos indígenas não as seguem, não apenas pela questão quantitativa - que é uma questão objetiva; mas muitas vezes não seguem por não terem tido contato com outras civilizações que aprenderam como evitar esse grande contingente de nascimento de deficientes; caso eles o tivessem copiado de outras culturas, poderiam por exemplo estimular o casamento entre tribos, ou até mesmo o sexo casual com "estrangeiros" com a intenção de "capturar o seu DNA", vide a cultura dos esquimós, que são indígenas que vivem em situações remotas, entretanto incorporaram esses valores na sua vida e comportamento sexual. 
   
   

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Corona Vírus e o Conceito G0y



Esses dias estava a pensar e a refletir.

Os entusiastas dos inúmeros ataques gratuitos ao conceito g0y e que são baseados só em preconceito, em pré-conceito e na maioria das vezes em uma visão pró dicotomia (hetero x não hetero), ficam sem resposta diante da pandemia do COVID-19.

Primeiro um parêntesis, para já poupar o seu comentário negativo... SIM brother, por mais que tentem se fechar os olhos, quem ataca o comportamento g0y em absoluta maioria, também ataca ao comportamento bissexual, atacam a gouinage masculina, atacam na verdade é a qualquer comportamento sexual que não seja o do hetero extremado e ultrapasado ou do homo masculino extremado, que tope tudo sem limites.  E O PIOR, ainda tentam vincular o comportamento hetero à visão política de direita e o comportamento homo à visão política de esquerda.

Os primeiros pelo menos são honestos, são contra o cara dá a bunda e acabou, já os segundos particularmente acho piores, tem um discurso a favor da diversidade... mas que diversidade é essa que ataca a heteroflexibilidade? Hiprocrisia!

40 frases de hipocrisia para refletir se você tem feito o que diz

Eu não ataco e nem conheço nenhum g0y que ataque aos bissexuais, apenas não me considero um total bisex, fazer o quê... E a maioria dos bissexuais sabem e respeitam isso.

Agora, voltando ao começo e ao título do post.

AS MINHAS REFLEXÕES ACERCA DO CORONA VÍRUS levam a acreditar que:

- Eu era da ala mais conservadora e nunca curti "pagar boquete", isso na minha cabeça era sexo e o pior se rebaixar perante ao outro mano
- Mas esse vírus veio mostrar que estava errado! Como assim, porquê, hã?

Desde que conheci o movimento g0y, sabia que a filosofia considera que boquete não é sexo e que é só preliminar. Opa eu discordava, ora parecia tão óbvio que boquete  é sim sexo oral... mas porque considerava como sexo oral?  Ora  por pura lavagem cerebral e repetição que veio obviamente da nossa cultura .

A AIDS vem de um vírus é é uma DST - Doença sexualmente transmissível, correto?. YES, correto! A AIDS se transmite por sexo anal e/ou vaginal.

O CORONA VÍRUS que abalou o planeta agora em 2020, também é um vírus que no entanto não se transmite por via sexual. Todos os especialistas são unânimes em afirmar isso.
NO ENTANTO uma observação é que o corona se transmite perigosamente pela felação (ou seja, pelo boquete).

Aeh fique com a ideia e durma com esse barulho,
 você pode pagar boquete a vontade e a não ser em alguns casos excepcionais, como você estar com afta, feridas na boca, após um tratamento dentário ou várias coisas do tipo e com essa abertura, gozarem na sua boca,  via de regra o tal SEXO ORAL, apesar de  o chamarem assim não transmite
uma doença como a AIDS, cujo contágio é SEXUAL.

Por outro lado, o Covid-19  transmite-se pelo boquete (nesse momento de pandemia, EVITE-O, evite também beijos, apesar de serem tão bons), e cabe agora dizer que  o Covid-19 não se transmite pelo sexo e que a medicina não o considera como DST.

E  qual é a resposta possível por puro e legítimo raciocínio lógico. A felação é sexo ou não é sexo?

Diante disso, fica muito difícil de se afirmar que a felação seja sexo. 

Ou não fica? Haha, tente continuar dizendo que é, mas se explique nos comentários! Tope o desafio e verá que é difícil. Diante disso brothers, hoje considero em total harmonia mental, o boquete como parte do comportamento homoerótico e não necessariamente do comportamento sexual. E o erotismo e o sexo sempre estarão atrelados, mas são instâncias diferentes.





terça-feira, 7 de abril de 2020

XII CONAGES discutiu a questão g-zero-y

O g0y foi discutido em um congresso sobre sexualidade.

O Colóquio Nacional de Representações de Gênero e Sexualidades na sua 12ª edição que aconteceu na cidade de Campina Grande - PB, teve os temas mais clássicos da área, mas inovou e dentre os diversos trabalhos apresentados, dois apresentaram pesquisas, modelos e trouxeram também o tema g0y para a evidência.

https://www.facebook.com/movimentog0y/posts/1445933225432600
Disponibilizei alguns do slides apresentados para a página do Movimento g0y e também os publico aqui nesse momento para os leitores dos Blog, acrescentando meus comentários:

O Colóquio maciçamente discutiu temas vinculados ao movimento LGBT, mas nessa edição teve dois trabalhos envolvendo o tema g0y, o movimento não esquerdista e que não utiliza a bandeira do arco-íris.

O correto internacionalmente como oposto ao gay não é hetero como usamos no Brasil. O oposto ao ao comportamento gay masculino seria Straight.
Traduzindo para o português seria uma valorização do comportamento considerado RETO e do comportamento considerado TRANSVIADO.
A "orientação sexual" não é gay e/ou hetero, e sim homossexual e/ou heterossexual. Havendo a possibilidade para o homoafetivo.
Foi exposto desfazendo esse MITO. A DSM nunca classificou a homossexualismo como doença, indo em seus originais está explícito: O que foi classificado como doença foi a homossexualidade, ou seja consideraram distúrbio mental a atração entre o mesmo sexo e não propriamente os atos.  
Politicamente inverteu-se isso e "fazem caças as bruxas" ao termo homossexualismo, como sendo politicamente incorreto, por causa desse suposto episódio.  ENGANO!. Na década de 1950' foi o 'homossexualismo', mas sim a 'homossexualidade' que foi condenada. 
A França é um dos poucos países que não utiliza a lógica do gay vinculado ao sexo anal passivo e/ou ativo. E considera o gouine masculino, como gay zero. Pouco utilizado no resto do mundo, onde a lógica comportamental do ativo versus passivo, predomina.
 

O criador da palavra homossexual, ao criar o termo considerava dentro da homossexualidade (atração), os que praticavam o homossexualismo pleno (piguistas) e os que não o praticavam (masturbadores). Para karl-Maria desde aquela época, somente os piguitas, ou seja, os que praticavam o sexo anal é que eram considerados homossexuais

Escala de Kinsey, adaptada com a questão onde se encaixam os g0ys? Já que não são classificados exatamente como bissexuais, mas apenas soft-bi?

Nove possibilidade comportamento sexual e erótico masculino cis.

 O Trabalho completo está disponível para acesso on-line.


sábado, 7 de março de 2020

Acidente na brotheragem... Foi sem querer querendo...

Rachei de rir com esse vídeo.
O jeito que o muleke conta a história é massa demais  -:) 



Além disso brows tiro o chapéu para ele, além de disposto, engraçado o mano é muito CORAJOSO ! Parabéns!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Muito obrigado pelo convite.


Agradeço aos administradores do blog pelo convite para contribuir com o Blog Brasil G-zero-Y.  Fui convidado especificamente para postar sobre o g0y na CIÊNCIA, trazendo postagens, artigos, pesquisas atuais que sejam sobre o tema.

Também trarei assuntos correlatos para compartilhar com vocês, como o g0y ao longo da história da humanidade, achados arqueológicos, posicionamento político, etc. Todos com um teor acadêmico na medida do possível.

Para começo apenas para os leitores se situarem, apesar do programa não ter nada a ver com ciência e nem muito menos com algum tema relacionado à Universidade, eu o posto como primeiro dos posts  apenas para me apresentar para os leitores. Sou o 'brother' de vocês que foi convidado pra defender os g0ys no programa de TV da Luciana Gimenez.

Quem ainda não assistiu o programa quando foi ao ar, me apresento no vídeo abaixo estando no centro do debate/roda de conversa.



Muitos g0ys hoje afirmam que o programa estava enviesado, não teve a qualidade necessária e que não deu a mesma oportunidade de tempo para os dois lados:  O lado que defendia que g0y é g0y (ou seja, uma nova classificação homoerótica)  e o lado que defendia que g0y é gay (ou seja, defendiam a velha dicotomia straight x gay). Só para ficar mais claro, quem defendia que g0y é um novo comportamento que deve ser considerado sem preconceitos por parte da sociedade: Eu, Pedro, e sexóloga Carla Cecarello.


Mas, em que pese os detalhes, contudo o programa na TV aberta foi suficiente para dar maior visibilidade para os g0ys, um termo vinculado a  um tipo de comportamento/movimento que com mais de uma década ainda era (e ainda é) desconhecido da maioria da população e nisso também como lado positivo, abriu a possibilidade do autorreconhecimento de muitos como sendo homem com afinidades com esse estilo de vida.

-

domingo, 5 de janeiro de 2020

Você conhece um ator pornô 100% g0y ?


Resultado de imagem para cody cumings


Se não conhece, lhe apresento então, Cody, codidome desse profissional do pornô que se especializou desde o inicio da sua carreira no gênero - zero anal masculino - sendo hoje um profissional de grande projeção entre o público bissexual masculino e claro entre os heteros flexíveis (ou heterogoys), que curtem a pegação com homens com os limites já pré-estabelecidos entre as partes.

O ator hoje passeia pelos vários gêneros dentro do g0y (g-zero-y) e produz filmes:

- HETERO TRADICIONAL - Ele solo com uma mulher;

- HETEROGOY  - Ele interagindo especialmente no ménage masculino, ou em gangs;

- GØY  - Ele interagindo na luta de espadas e outras brincadeiras com manos;

- BI-PARCIAL - Parcial, porque nos filmes o ator sempre atua com o estilo zero anal masculino, mas ele aparece em alguns vídeos com convidados, onde os colegas do pornôs convidados completam o ato, e ele assiste as cenas bisex sem preconceitos. Há ainda vídeos onde o ator simula o coito "no famoso nas coxas";

- SOLO - Vídeos de masturbação e outros vídeos eróticos solo do ator.


Um pouco mais da biografia do ator: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cody_Cummings



Onde você consegue ter acesso à sua produção?

Tem alguns vídeos gratuitos no PornHub: https://www.codycummings.com/

Alguns vídeos editados mais curtos e outros full em links do Xvídeos:
https://www.xvideos.com/video4028910/cody_cummings_fucks_pussy_hard
https://www.xvideos.com/model-channels/cody-cummings-1 

No próprio website do ator: https://www.codycummings.com/