sábado, 5 de novembro de 2016

O homoerotismo na Grécia Antiga


Vocês já devem ter ouvido falar que o comportamento g0y busca pressupostos na Grécia Antiga, mas abomina o comportamento Romano.

Pois bem, de fato foi o filósofo grego Platão, talvez seja um dos primeiros a “escrever” sobre fatos homoeróticos e ao mesmo tempo, escrever não a favor do homossexualismo (i.e. equivalente ao comportamento g0y – ou  גי; gimmel-yod; g-y, g-zero-y atual). 

Apesar de haver evidências que o comportamento g0y não era exclusivo da Grécia. Lá há provas históricas, que são mais cabais.

A razão, é claro, é simples. Na língua grega antiga as palavras “Homo/Heterossexual” não existiam. A palavra homossexual foi criada apenas em 1869, por Karl-Maria). Na Antiga Grécia existia apenas homens e o comportamento platônico predominante onde o  mais comum é o que hoje chama-se de heteroflex. Eles usavam o termo “Kinaidos” para descrever “homossexuais passivos” e suas preferências:
Kinaidos = Causador de vergonha 
Kineo = mover
Aidos = vergonha
 Que literalmente significa: “Aquele que traz a maldição de Aidos (uma deusa que punia transgressores morais).



Platão, segundo escreve Lacerda Neto em suas reflexões, https://arthurlacerda.wordpress.com/2007/08/12/a-homossexualidade-em-platao/ Vale muito a vela ler esse link, relatava relação homoerótica entre os gregos como: 
"(...) exclusivamente, sem conteúdo eros sexual que, de resto, não compreendia penetração anal e sim o coito interfemural (Fricção do pênis entre as coxas, junto da genitália)".
O pesquisador também coloca que o ato anal existia apenas na situação de dono-escravo, mas apenas como ativo-passivo respectivamente, possivelmente para demostrar dominação. Acontece que, até mesmo essa relação com os escravos, não era bem vista já que: “(...) a penetração do pênis no reto (...), ao passo que na Grécia antiga a cópula homossexual considerava-se desprezível e somente se admitia entre um grego e um escravo, respectivamente nos papéis de ativo e passivo.”

Pois bem até esse lado ‘cultural dominador dos gregos em relação aos escravos’, foi também condenado pelos discípulos de Platão, tanto que baixaram leis para coibir isso e para “os mais velhos”, respeitarem os jovens e escravos. A lei previa pena de morte para os que ‘gostavam’ de maltratar os outros com o coito anal e uma delas foi decretada por Esquines, discípulo de Platão (Leia mais neste livro de Pietro, disponível on-line: https://digitalis-dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/24002/1/Cadmo16_Artigo10.pdf?ln=pt-pt ).

Mais além dessa lei, fora da 'era' platônica há diversas outras leis, que mostram claramente que esse récem-criado  mito da Grécia pró-homossexualismo, é uma falácia.

As Leis:
Aeschines“Kata Timarchou”, 21
Se qualquer Ateniense tiver um “Etairese” (companheiro passivo de mesmo sexo) a ele não será permitido:
1) tornar-se um dos nove arcontes;
2) nem desempenar o ofício de sacerdote;
3) nem agir como advogado para o estado;
4) nem deve manter qualquer tipo sequer de ofício, no lar ou fora do lar, quer seja desempenhado por sorte ou eleição; ele não deve ser enviado como mensageiro;
5) ele não tomará parte em debate, nem estará presente em atos sagrados públicos;
6) e nem poderá entrar nos limites de um lugar que tenha sido purificado para a reunião de pessoas. Se qualquer homem for acusado de atividades sexuais ilegais contrárias a essas proibições, ele deverá ser morto.

Pesado?
Demóstenes“Kata Androtionos”(Parágrafo 30)
“… nem deve ter o direito de falar, nem de trazer uma queixa perante a corte.”

Platão pegava mais leve. Apenas defendia que, a pederastia, é um ato contra a natureza. O amor (eros) entre dois homens é normal (kata-physin), mas deve excluir os atos contra a natureza do próprio homem (para-physin).


Conclusão:

Onde eles eram tolerados, eles - os pederastas - se tornavam cidadãos de classe baixa (Metoikos).  As leis os privavam do direito de fazer parte de quaisquer atividades sociais, políticas e hieráticas (nota: relativa a coisas sagradas/religiosas). 

Atenas tinha as leis mais estritas quanto à homossexualidade do que qualquer democracia que já tenha existido. Na Esparta não-democrata, bem como na Creta democrata e no resto da Hélade, houve proibições e punições similares. E no tão referenciado exército homoafetivo de Esparta, os soldados homoafetivos, não eram homossexuais. O soldado que se tornava ‘mulher’ de um outro soldado, tornava-se um homem 'macio’, não servia para a batalha e era expulso da corporação.


Na filosofia de vida Grega, o Amor é o que inspira o que é necessário para levar-se uma vida honrosa.

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