J0ngen/Boys", de Mischa Kamp (2014) é um drama holandês, sobre a descoberta da sexualidade de um adolescente de
15 anos.
Sieger é um jovem atleta, que treina com seu amigo Eddy para uma maratona olímpica na cidade. Eles flertam com meninas e curtem a vida numa boa. A chegada de um garoto, Marc, que fará dupla com Sieger, irá abalar a sua estrutura emocional. Marc é gay, e ambos sentem uma atração muito forte, apesar de Sieger não ser homossexual.
Sieger é um jovem atleta, que treina com seu amigo Eddy para uma maratona olímpica na cidade. Eles flertam com meninas e curtem a vida numa boa. A chegada de um garoto, Marc, que fará dupla com Sieger, irá abalar a sua estrutura emocional. Marc é gay, e ambos sentem uma atração muito forte, apesar de Sieger não ser homossexual.
Mas Sieger sabe que nesse meio esportivo o
preconceito é muito grande, e há a pressão de seus amigos e seu pai para
que ele vença o campeonato, ele tem medo que uma amizade em clima de bromance com um amigo não hétero, possa trazer complicações. Ao contrário do exemplo de Brokeback dos EUA e Free Fall da Alemanha, que mostram possíveis relacionamento entre g0ys. J0ngens cai no velho esquema heterog0y envolvendo-se com um gay e nesse percusso o filme caminha infelizmente,
cheio de clichês, ou seja, trata-se de um filme que fala sobre a descoberta da
sexualidade, que tenta ser moderno abordando a temática g-zero-y, mas que possui os mesmos ingredientes de filmes precedentes, ou seja, repressão familiar, amigos
homofóbicos, algum evento que impede que a pessoa assuma sua
sexualidade, garota que fica dando em cima... tem tudo isso e claro, mais
a questão estética: muita câmera lenta nos momentos românticos, onde o bromance ganha a tônica. Para o público geral, trata-se de um bom filme mesmo que óbvio e sem novidades, mas para o público g-zero-y, deixa muito a desejar, em nenhum momento por exemplo, há alguma discussão ou indução de que o envolvimento entre Marc e Siegger, caso se concretizasse, seria somente uma profunda relação de afeto, mas sem sexo anal.
Tudo tem que ser inferido, e não há como garantir que haja entendimento e provavelmente grande parte do público não entenda que não se trata de namoro, mas sim uma situação de compreensão e amizade (ou seja bromance).
Tudo tem que ser inferido, e não há como garantir que haja entendimento e provavelmente grande parte do público não entenda que não se trata de namoro, mas sim uma situação de compreensão e amizade (ou seja bromance).
PS: Aqui no Brasil, o filme já está sendo exibido em festivais LGBTs e com aquela ideia subjacente de que eles "seriam gays" em fase de dúvida... Aff.
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