Amanhã é dia dos namorados e dia de lojas de O Boticário amargando uma queda substancial em suas vendas por causa de um boicote promovido nas redes sociais, especialmente no Facebook e no Whatsapp.
Agora a questão é o que tem de tão agressivo e polêmico na campanha publicitária de O Boticário, que provocou reações diversas de homens falando para as namoradas, não me venha com surpresas, eu não quero perfumes do Boticário... Duvido que o mesmo namorado recusaria de presente um carro da Hyundai...
OK. O Boticário comprou briga e tomou um dos lados, se a empresa está certa ou errada, isso não problema nosso. Nós os g0ys, aliás queremos é cada vez ficar longe dessa polarização gays versus héteros normativos, que não leva a lugar nenhum e parece estar longe de um consenso.
A reflexão contrastiva sobre o tema da homo-afetividade por exemplo nos leva a pensar, do ponto de vista do afronto ou até mesmo do "escândalo" a Hyundai provocou muito mais a "sociedade conservadora" do que O Boticário. Entretanto, porque não houve tamanha reação negativa no primeiro caso?
A peça publicitária da Hyundai mostrada e comentada aqui no dia 21/março/2015 mostra uma cena e até mesmo uma música 'ousada' e tipicamente g0y, mas não causou tanto furor. Por que a propaganda gay de O Boticário. não teve uma repercussão positiva? Será que a população na data de hoje sabe diferenciar um g0y de um gay? Apoia um e rejeita o outro? Na minha sincera opinião, acho que não foi isso.
Especulando sobre o assunto, vemos que no caso da Hyundai - um comercial de carros e voltado para o público masculino (público-alvo do setor automobilístico), supostamente deveria ter sido muito mais desastroso, só que em tom de leveza, de jocosidade e mostrando que nem o homem heterogoy nem a esposa supostamente "corretinha" não são tão santinhos assim, o comercial passou batido pelo crivo da suposta moderna sociedade homofóbica .
Já o comercial de O Boticário não tem tom "de brincadeira", é focado e diretivo, mas será que é só essa a diferença?
Não queremos nos meter na história do boicote aos produtos, cada um é livre para comprar ou não comprar o que quiser, mas fica a impressão, que não foi propriamente o conteúdo homo, mas a forma como o conteúdo foi executado; não mostrando a diversidade, mas mostrando um tom de prioridade é que talvez tenha causado tamanha repercussão.
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